Ao se prepararem para as eleições municipais, PT e PL desenvolvem estratégias específicas para fortalecer suas bases políticas no Nordeste, visando o pleito nacional de 2026.
Conquistar mais prefeituras significa garantir mais palanques políticos para possíveis candidatos à presidência da República de ambos os partidos. Isso também facilita a eleição de mais deputados e senadores, resultando em maior apoio no Congresso e mais recursos dos fundos eleitoral e partidário.
Para alcançar esses objetivos, os dois partidos designaram senadores nordestinos para liderarem as campanhas: Humberto Costa (PE) pelo PT e Rogério Marinho (RN) pelo PL.
Além disso, contam com o apoio do presidente Lula, no caso do PT, e do ex-presidente Jair Bolsonaro, no PL. A expectativa é que ambos façam viagens à região durante as campanhas.
Tradicionalmente, a região costuma dar vitórias ao PT. No primeiro turno das eleições presidenciais em 2022, o PT conquistou 66,7% dos votos para Lula, enquanto o PL ganhou 27% dos votos para Bolsonaro.
Integrantes do PL sabem das dificuldades para ganhar votos no Nordeste. Mas o partido quer pavimentar o terreno político para ampliar suas bases nos estados nordestinos.
Segundo um parlamentar da sigla, a aposta é que os eleitores da região são, “na essência”, conservadores – bastaria, então, convencê-los do voto.
Por outro lado, o PT confia no histórico das últimas eleições e acredita que o eleitor, mesmo aquele mais conservador, vota no partido. Mas a sigla enfrenta dificuldades para alavancar seus candidatos nas capitais, e petistas admitem o receio de que a oposição esteja crescendo no Nordeste.