A cidade de Niterói está liderando um movimento importante para a saúde das crianças. A partir de agora, está proibida a venda e a publicidade de alimentos ultraprocessados nas escolas públicas e privadas do município. Este decreto, publicado pela prefeitura, faz de Niterói a primeira cidade do Brasil a adotar uma medida tão rigorosa em relação a esses produtos dentro do ambiente escolar.
O que está banido?
A proibição se aplica a todo o espaço escolar, incluindo cantinas, refeitórios e outras dependências. Os alimentos que não poderão ser comercializados nem anunciados são:
- Biscoitos
- Balas e bombons
- Chocolates e barras de cereais
- Bolos industrializados
- Gelatinas
- Bebidas açucaradas
- Temperos e maionese
A importância da medida
A má alimentação e o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados são grandes responsáveis pelo aumento do sobrepeso e da obesidade entre crianças e adolescentes. Esses alimentos, que são formulações industriais ricas em açúcares, sal, gorduras e aditivos, não trazem benefícios nutricionais e são prejudiciais à saúde.
Riscos para a saúde
Crianças obesas correm maior risco de desenvolver problemas de saúde durante a infância, como diabetes tipo 2, hipertensão, asma, apneia do sono, problemas musculoesqueléticos e distúrbios metabólicos. Além disso, a obesidade infantil é um forte preditor de obesidade adulta, o que aumenta os riscos de doenças crônicas não transmissíveis, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.
Situação em Niterói e no Rio de Janeiro
De acordo com o Panorama da Obesidade do Instituto Desiderata, a prevalência de excesso de peso entre crianças e adolescentes em Niterói é superior às médias estadual e nacional. Um estudo da UFMG sobre a comercialização de alimentos em escolas brasileiras destacou que as cantinas das escolas privadas de Niterói estão entre as menos saudáveis.
No Rio de Janeiro, uma lei aprovada em 2023 já proíbe a venda e oferta de alimentos ultraprocessados em escolas públicas e privadas. Pesquisa da UFRJ e Fiocruz revelou que os ultraprocessados são 126% mais comuns nas cantinas escolares do que alimentos não processados.
Conclusão
A proibição de alimentos ultraprocessados em Niterói representa um passo significativo para melhorar a saúde das crianças e adolescentes. A medida visa não apenas reduzir o consumo desses produtos prejudiciais, mas também promover uma alimentação mais saudável nas escolas.
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