A mulher que se tornou símbolo contra a violência doméstica e feminina no Brasil precisou retornar a receber proteção após uma série de ameaças. Essas falas foram perpetuadas por grupos da extrema-direita e “Red Pill”, em adição a questionamentos quanto à veracidade das tentativas de feminicídio que Maria da Penha sofreu.
Os ataques descredibilizam as vivências de Maria e esvaziam suas pautas sociais, além de gerar uma violência psicológica sem tamanho. Como forma de prevenção, a Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, viajou ao Ceará para que Maria fosse incluída no programa de proteção a defensoras de direitos humanos.
Maria frisa sua frustração com a situação, que ocorre 18 anos após a criação da Lei Maria da Penha, uma das mais avançadas e combativas mundialmente de acordo com a ONU. Segundo ela, esses ataques enfraquecem não só a sua luta, mas a de todas as mulheres que enfrentam essa violência.
Como protesto ao esvaziamento da pauta e descredibilização de Maria, sua casa será transformada em um memorial pelo Governo do Ceará, o qual conscientizará sobre violência doméstica e preservará sua história. O Governo, apoiado pelo Ministério das Mulheres, visa com este projeto transformar a casa em um lugar de memória e educação.
Mesmo com toda a conjuntura, Maria agradece pela criação do Memorial e se sente lisonjeada, afirmando que é a realização de um sonho.