Nos últimos dias, enfrentamos uma crise séria de falta d’água em Niterói e região. O problema não é apenas a escassez temporária, mas sim o motivo por trás disso: a contaminação por uma substância tóxica chamada tolueno no nosso principal rio de abastecimento, o Guapiaçu. Isso não só coloca em risco a nossa saúde, mas também revela falhas graves na proteção do nosso meio ambiente.
O tolueno, uma substância perigosa usada em produtos como gasolina e tintas, foi encontrado em níveis alarmantes no Rio Guapiaçu, próximo a um duto desativado da Petrobras. Isso não aconteceu da noite para o dia. É resultado de anos de descaso com o monitoramento e a proteção dos nossos recursos naturais.
A falta d’água afetou diretamente a vida de milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e Ilha de Paquetá. Supermercados ficaram sem água mineral, escolas tiveram que fechar as portas e hospitais lutaram para manter o atendimento. Todos nós sentimos os efeitos dessa crise, principalmente os mais vulneráveis.
Apesar dos esforços da força-tarefa montada, a resposta das autoridades e empresas envolvidas foi lenta e falha. A demora para identificar a fonte da contaminação, a falta de transparência nas informações e a ausência de medidas preventivas eficazes mostram que precisamos de uma mudança urgente na forma como lidamos com a segurança hídrica.